22 abril 2007

Carmina Burana 3
























Carmina Burana



Cantiones profanæ cantoribus et choris cantandæ comitantibus instrumentis atque imaginibus magicis



Carmina Burana é a obra mais célebre do compositor alemão Carl Orff.
O músico tomou os textos homónimos de uma colecção de cerca 300 cantos escritos por clérigos e estudantes vagabundos dos séculos XII e XIII.
Assim, compôs em 1937 uma cantata cénica com o mesmo nome que o original e cujo fragmento mais conhecido é “O Fortuna”.
Os poemas incluem canções de amor, de taberna, sátiras, canções estudantis…mas todos constituem um canto ao amor e aos prazeres.



“Carmina Burana” é uma expressão em latim e significa “Canções de (Benedikt)beuern”. Durante a secularização de 1803, foi encontrado um volume de cerca de 200 poemas e canções medievais na abadia de Benediktbeuern, na Bavária superior.
Eram poemas dos monges e eruditos errantes — os goliardos —, em latim medieval; versos no médio alto alemão vernacular, e vestígios de frâncico.
O doutor bavariano em dialetos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847 sob o título de “Carmina Burana”.
Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e soldados de Munique, cedo ainda deparou-se com esse códex de poesia medieval. Arranjou alguns dos poemas num happening — em “canções seculares (não-religiosas) para solistas e coros, acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”.
Esta cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — o conceito da roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte.

É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança.
E assim o apelo em coral à Deusa da Fortuna (“O Fortuna, velut luna”) tanto introduz quanto conclui a obra, que se divide em três seções:

-O encontro do Homem com a Natureza, particularmente com a Natureza despertando na primavera (“Veris leta facies”).

-O seu encontro com os dons da Natureza, culminando com o dom do vinho (“In taberna”).

-E o seu encontro com o Amor (“Amor volat undique”).


Fortuna Imperatrix Mundi
1. O Fortuna
2. Fortune plango vulnera

I. Primo vere
3. Veris leta facies
4. Omnia sol temperat
5. Ecce gratum

Uf dem anger
6. Tanz (instrumental)
7. Floret silva nobilis
8. Chramer, gpip die varwe mir
9. Reie
10. Were diu werlt alle min

II. In Taberna
11. Estuans interius
12. Olim lacus colueram
13. Ego sum abbas
14. In taberna quando sumus

III. Cour d’amours
15. Amor volat undique
16. Dies, nox et omnia
17. Stetit puella
18. Circa mea pectora
19. Si puer cum puellula
20. Veni, veni, venias
21. In truitina
22. Tempus est iocundum
23. Dulcissime

Blanziflor et Helena
24. Ave formosissima

Fortuna Imperatrix Mundi
25. O Fortuna

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