22 abril 2007

Carmina Burana - 2



A ÓPERA

A ópera é um drama encenado com música.

O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e actuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é cantada em vez de ser falada. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfónica completa.

Os cantores e os seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais. Os cantores masculinos classificam-se em baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono, tenor e contratenor.
As cantoras femininas classificam-se em contralto, mezzo-soprano e soprano.
Cada uma destas classificações tem subdivisões, como por exemplo: um barítono pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais associam a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e o timbre de sua voz.

Bel Canto
O bel canto era um estilo presente na ópera italiana que se caracterizava pelo virtuosismo e o adorno que o solista demonstrava na sua representação.
Na primeira metade do século XIX o bel canto alcançou o seu nível mais alto, através das óperas de Gioacchino Rossini, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti.
Rossini

Donizetti

Ópera Francesa
Rivalizando com as produções importadas da ópera italiana, uma tradição francesa separada, cantada em francês, foi fundada pelo compositor italiano Jean-Baptiste Lully, que monopolizou a ópera francesa desde 1672.
As aberturas de Lully, os seus recitais disciplinados e fluidos e seus intermezzos estabeleceram um padrão que Gluck lutou por reformar quase um século depois.
A ópera francesa foi influenciada pelo bel canto de Rossini e outros compositores italianos.

Lully

Ópera-comique
A ópera francesa com diálogos falados é conhecida como ópera-comique, independente do seu conteúdo.
Esta teve o seu auge entre os anos de 1770 e 1880 e uma das suas representantes mais reconhecidas foi Carmen de Bizet em 1875.
A ópera-comique serviu como modelo para o desenvolvimento do singspiel alemão e pode assemelhar-se à operetta, conforme o peso de seu conteúdo temático.

Carmen
Grand Ópera
Os elementos da Grand Ópera francesa apareceram pela primeira vez nas obras Guillaume Tell de Rossini em 1829 e Robert le Diable de Meyerbeer em 1831.
Caracteriza-se por ter decorações luxuosas e elaboradas, um grande coro, uma grande orquestra, balets obrigatórios e um número elevado de personagens. O auge da Grand Ópera na Itália dá-se com Verdi em Les Vespres Siciliennes e Don Carlos e na Alemanha com o Rienzi de Wagner.

Verdi
Orquestra e Coro

Ópera Alemã
O singspiel alemão "A Flauta Mágica de Mozart" encontra-se à frente da tradição da Ópera alemã que foi desenvolvida no século XIX por nomes como Carl Maria von Weber, Heinrich Marschner e Wagner. Este último introduziu o conceito do drama musical, em que a ópera deixava de ser composta por "números" e a música passa a ter um fluxo contínuo, sem divisões em árias, duetos, etc.
A ópera Tristão e Isolda foi a primeira a ser estruturada desta forma.
De uma forma geral, a ópera alemã tem a característica de abordar temas mitológicos e fantásticos, de alta dramaticidade, mas que não se enquadram como "comédias" ou "tragédias", como acontece na ópera italiana e na ópera francesa.
Wagner

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